Apresentei a proposta de Tudo é perdido quando o desejo fica repartido para Renan e Sabrina já em novembro de 2016. As primeiras anotações da ideia tinham sido realizadas ainda antes, em maio daquele ano, sendo descrita como "quatro cenas para dois protagonistas e coro". Agora, no contexto do projeto Coletivo N·S·L·O, surge a oportunidade de concretizar a peça com o casal de violonistas e um grupo de assistentes que será adicionado à performance em cada cidade.
A proposta inicial se estruturava como uma sequência de episódios a partir de cenas envolvendo o casal protagonista de Macbeth (Shakespeare). A intenção expressiva é criar uma performance musical, na qual as relações entre dois instrumentistas evocam situações dramáticas entre os dois personagens. Além da sequência dos episódios, o planejamento previa sugestões gerais para organização do espaço, para impulsionar a escrita para o violão e para roteirizar a contribuição dos assistentes.
O uso do espaço prevê a exploração de diferentes posicionamentos dos instrumentistas ao longo da performance: frente a frente, de costas, de lado, próximos, distantes. Os assistentes deverão atuar predominantemente off stage. O ambiente deverá ser escuro; protagonistas e assistentes irão utilizar lanternas de acordo com um roteiro previsto na partitura.
Para a escrita instrumental, o planejamento propunha o uso de afinações distintas para os dois violões e de capotrastes em seções específicas.
Quanto às intervenções sonoras dos assistentes, foram apontadas possibilidades para exploração de uma espécie de sonoplastia das cenas e do uso de fragmentos do texto de Shakespeare para vocalizações.
As improvisações experimentadas na primeira oficina do Coletivo, em dezembro de 2018, confirmaram a potencialidade expressiva da proposta composicional e permitiram intuir uma série de maneiras em que essa potencialidade pode se concretizar, especificamente para o casal de violonistas Renan e Sabrina.
Iniciei a escrita visando trabalhar sequencialmente. A primeira decisão foi a escolha de afinações abertas, sendo: Sabrina EAEACE e Renan DGDGBD. As afinações delimitam cores tonais que serão favorecidas em cada parte e criam condições para concretizar no campo da organização das alturas os encontros e desencontros que a peça pretende desenvolver.
A escrita de um primeiro episódio, concluída na data dessa postagem, delimita uma série de materiais mais concretos, de padrões de dedilhados, de conjuntos de alturas, de sonoridades e impulsos rítmicos. O desafio que se apresenta para a continuidade dessa etapa de trabalho é mesclar a estrutura de episódios do planejamento com as situações e possibilidades de execução concretas experimentadas na oficina colaborativa.
A proposta inicial se estruturava como uma sequência de episódios a partir de cenas envolvendo o casal protagonista de Macbeth (Shakespeare). A intenção expressiva é criar uma performance musical, na qual as relações entre dois instrumentistas evocam situações dramáticas entre os dois personagens. Além da sequência dos episódios, o planejamento previa sugestões gerais para organização do espaço, para impulsionar a escrita para o violão e para roteirizar a contribuição dos assistentes.
O uso do espaço prevê a exploração de diferentes posicionamentos dos instrumentistas ao longo da performance: frente a frente, de costas, de lado, próximos, distantes. Os assistentes deverão atuar predominantemente off stage. O ambiente deverá ser escuro; protagonistas e assistentes irão utilizar lanternas de acordo com um roteiro previsto na partitura.
Para a escrita instrumental, o planejamento propunha o uso de afinações distintas para os dois violões e de capotrastes em seções específicas.
Quanto às intervenções sonoras dos assistentes, foram apontadas possibilidades para exploração de uma espécie de sonoplastia das cenas e do uso de fragmentos do texto de Shakespeare para vocalizações.
As improvisações experimentadas na primeira oficina do Coletivo, em dezembro de 2018, confirmaram a potencialidade expressiva da proposta composicional e permitiram intuir uma série de maneiras em que essa potencialidade pode se concretizar, especificamente para o casal de violonistas Renan e Sabrina.
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| Improvisação com interferência mútua |
Iniciei a escrita visando trabalhar sequencialmente. A primeira decisão foi a escolha de afinações abertas, sendo: Sabrina EAEACE e Renan DGDGBD. As afinações delimitam cores tonais que serão favorecidas em cada parte e criam condições para concretizar no campo da organização das alturas os encontros e desencontros que a peça pretende desenvolver.
A escrita de um primeiro episódio, concluída na data dessa postagem, delimita uma série de materiais mais concretos, de padrões de dedilhados, de conjuntos de alturas, de sonoridades e impulsos rítmicos. O desafio que se apresenta para a continuidade dessa etapa de trabalho é mesclar a estrutura de episódios do planejamento com as situações e possibilidades de execução concretas experimentadas na oficina colaborativa.
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| Fragmento do início da partitura de "...repartido" como se encontra na data dessa publicação. |
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