Coletivo NSLO em Ribeirão Preto (SP)
Infraestrutura grandiosa e bela; olhares desconfiados pela música que fazemos; comida maravilhosa; clima frio em um espectro ainda agradável; estreias altamente peculiares; nossos primeiros registros em áudio/vídeo de qualidade superior; expectativas e emoções perante os próximos passos. Esses pontos resumem a semana de atividades do Coletivo NSLO em Ribeirão Preto (SP).
Ainda que mais seguros e experientes, por conta de nossa semana de atividades e estreias em Mossoró, nosso Segundo Movimento, em Ribeirão Preto, não se mostrou tão fácil assim. Após o grande êxito com nossa equipe de apoio e público em Mossoró, queríamos nos superar na reapresentação de Sururus... e ...repartido. Os quatro solos a serem estreados, as charlas, ainda que dispensassem a prática camerística entre os integrantes do grupo, nos apresentou, de forma mais efetiva, novas "práticas camerísticas": com áudios e vídeos pré-gravados, e com o nosso espectador, para o qual tocamos de forma exclusiva.
Vista da cabine do Teatro Minaz
A beleza do teatro nos proporcionou um registro audiovisual bem interessante. Infelizmente, por uma série de fatores alheios à nossa vontade, o público foi bem abaixo do previsto, o que provocou um efeito positivo arrebatador na estreia do charlatório, mas que nos abriu vazios existenciais no concerto do segundo dia. Entretanto, perante a primeira "derrota" do Coletivo, nos mantivemos muito firmes, e nos saímos muito bem: a arte estava conosco por inteiro. Os vídeos feitos comprovaram isso.
Devido à grande diversidade de espaços da Companhia Minaz, o charlatório se espalhou por quatro ambientes distintos, como relatado em postagem anterior. A performance funcionou como um tipo de instalação, e os ouvintes a assitiram como se estivessem percorrendo um trajeto, e lhes foi facultado, diante de cada intérprete, a oportunidade de enxergá-lo de uma forma intimista ao extremo.
Gina, em um dos ambientes utilizados nas charlas
Curiosamente, pairavam sempre olhares desconfiados sobre nós, como se a qualquer momento nossa música pudesse destruir o status quo do local. Ou o piano. Olhares rasos que não observaram que o "radicalismo" de nossa expressão artística provém tem raízem em nossas vidas simples e pacatas, amigas e amorosas. E como é bom estar entre amigos por mais uma semana de atividades intensas e criativas ─ é alimento para a alma.
Sim, nos superamos musicalmente nos concertos. Sim, realizamos estreias portentosas. Sim, demos nosso máximo, mais uma vez, em prol da expressão artística, mas também para levar alento, diversão (por que não?) e questinamentos. Está será nossa meta enquanto existirmos.
Visão parcial da montagem do palco para os concertos no Teatro Minaz |
Very good.
ResponderExcluirCongratulacions a todos os participantes.
Contínuo Sucessssssssssssssssssso