Coletivo N·S·L·O - Breve panorama dos álbuns

 


Capas dos álbuns Charlatório e Sururus Perdidos - Coletivo N·S·L·O


O Coletivo N·S·L·O vivenciou um período de quase dois anos, entre 2018 e 2020, de discussões, experimentações, ensaios, atividades e estreias abertas ao público, em um projeto selecionado pelo Rumos Itaú Cultural, que circulou em Porto Alegre (RS), Mossoró (RN), Ribeirão Preto (SP) e Cali (Colômbia). Por conta da pandemia, a finalização/culminância do projeto teve que ser substituída, de uma semana de atividades que aconteceria em Palmas (TO), para o envio de vídeos finais de todas as composições do grupo, realizados de forma remota.

Paralelo a isso, o grupo aprovou a proposta de gravação de um álbum musical no edital do Banco da Amazônia, o que potencializou ainda mais esse nosso registro das obras do grupo. O desafio: gravar em casa e a distância, áudio e vídeo. Graças à direção geral (musical, cênica e técnica) de Heitor Oliveira, o processo, embora complexo, correu da melhor forma possível. As gravações, que resultaram em mais de 90 minutos de música, foram realizadas no final de 2020.

O lançamento físico foi viabilizado pela gravadora inglesa The Committee for Sonic Research (TCFSR), em uma trilogia de CDs. Os dois primeiros volumes já foram lançados, e encontram-se disponíveis no Bandcamp da TCFSR, bem como nas plataformas digitais de streaming; além disso, há vídeos de todas as músicas, disponíveis no canal do YouTube do grupo.

O primeiro álbum, Charlatório, de abril de 2021, reúne as quatro intimistas Charlas, cada qual para um dos instrumentistas do grupo, e concebidas para serem apresentadas de forma individual, para um espectador de cada vez. Os vídeos retratam o caráter intimista do ciclo, que representa um quebra-cabeças do ambiente mental particular de cada um dos músicos, sob a ótica de Heitor. Ao final, os músicos se reúnem no quarteto Charlatório, uma improvisação guiada.



Sururus perdidos, de maio de 2021, centra-se nos duos Novos sururus e quiprocós de um convescote chumbrega, para flauta e piano, e Tudo é perdido quando o desejo fica repartido, para casal de violonistas. A primeira, uma representação musical do deslocamento, nos mais diversos aspectos, mantendo-se um ambiente onírico, com limites esfumaçados. A segunda, baseada em Shakespeare, representa o sufocante ambiente tóxico que pode chegar a ser construído em relacionamentos. Por fim, o quarteto Desfotografia finaliza o registro com veemência, em mais uma improvisação guiada – esta, bem menos guiada que Charlatório.


A trilogia estará completa com Rosa dos ventos, que será lançado pela TCFSR, e estará disponível nas plataformas digitais de streaming e no canal do YouTube do grupo no dia 3 de julho de 2021.

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